Tipologia Textual de Shchupak e Dolz: Uma Abordagem para o Ensino: Exemplo De Ensino De Tipologia Textual De Shuchu E Dolz

Exemplo De Ensino De Tipologia Textual De Shuchu E Dolz – A tipologia textual proposta por Shchupak e Dolz oferece um framework valioso para o ensino de produção textual, fornecendo uma estrutura clara para a classificação e análise de diferentes tipos de textos. Esta abordagem, ao contrário de outras propostas, prioriza a função comunicativa do texto e seus elementos constitutivos, facilitando a compreensão e a produção textual pelos alunos.
Introdução à Tipologia Textual de Shchupak e Dolz
A proposta teórica de Shchupak e Dolz se destaca por sua clareza e aplicabilidade prática. Eles classificam os tipos textuais com base em critérios funcionais e estruturais, considerando a intenção comunicativa do autor e a forma como essa intenção é concretizada no texto. Diferentemente de propostas como a de Koch, que prioriza a estrutura formal, Shchupak e Dolz enfatizam a função comunicativa, o que facilita a análise de textos mais complexos ou híbridos.
Os principais critérios utilizados são a função comunicativa (o que o texto pretende alcançar), a estrutura (a organização das informações) e os recursos linguísticos (as escolhas lexicais, sintáticas e semânticas que contribuem para a construção do sentido). Essa abordagem integrada permite uma análise mais completa e abrangente dos textos, considerando a interação entre forma e função.
Características dos Principais Tipos Textuais
A tipologia de Shchupak e Dolz inclui seis tipos textuais principais: narração, descrição, dissertação, argumentação, injunção e exposição. Cada um deles apresenta características linguísticas e estruturais específicas, que são detalhadas a seguir. Uma tabela comparativa facilita a visualização dessas características.
Tipo Textual | Função | Estrutura | Recursos Linguísticos |
---|---|---|---|
Narração | Relatar fatos, acontecimentos, eventos. | Introdução, desenvolvimento (com sequência temporal), clímax e desfecho. | Verbos de ação no passado, advérbios de tempo, conjunções temporais (quando, enquanto, depois que), personagens, enredo, tempo e espaço bem definidos. |
Descrição | Representar algo por meio de detalhes sensoriais. | Foco em um objeto, pessoa ou lugar, com detalhes minuciosos. | Adjetivos, verbos de estado, comparações, metáforas, figuras de linguagem que apelam aos sentidos. |
Dissertação | Explicar, informar, expor um tema. | Introdução (tese), desenvolvimento (argumentos e exemplos), conclusão (reafirmação da tese). | Linguagem objetiva, impessoal, uso de conectivos explicativos e argumentativos. |
Argumentação | Defender um ponto de vista, persuadir o leitor. | Tese, argumentos (com provas e exemplos), refutação de argumentos contrários, conclusão. | Conectivos argumentativos (porque, portanto, contudo), modalizadores (provavelmente, certamente), uso de dados, estatísticas, exemplos. |
Injunção | Orientar, instruir, prescrever. | Sequência de instruções, comandos ou ordens. | Verbos no imperativo, uso de pronomes de tratamento, linguagem concisa e direta. |
Exposição | Apresentar informações de forma clara e objetiva. | Introdução do tema, desenvolvimento com informações relevantes e detalhadas, conclusão. | Linguagem objetiva, impessoal, uso de definições, exemplos, dados. |
Exemplo Prático de Análise Textual

Para ilustrar a aplicação da tipologia de Shchupak e Dolz, analisaremos um fragmento de um conto. A análise focará nos aspectos linguísticos e estruturais que comprovam sua classificação.
“Era uma vez uma princesa muito bonita que vivia num castelo encantado. Ela tinha cabelos de ouro e olhos azuis como o céu. Um dia, um príncipe encantador chegou ao castelo…”.
Conto Popular
Este fragmento é classificado como narração, pois relata uma sequência de eventos com personagens, tempo e espaço definidos. A presença de verbos de ação no passado (“era”, “vivia”, “chegou”), advérbios de tempo (“um dia”) e a estrutura narrativa com início, desenvolvimento (sugerido) e potencial clímax, reforçam essa classificação.
Aplicações da Tipologia Textual de Shchupak e Dolz no Ensino
A tipologia de Shchupak e Dolz é fundamental para o ensino de produção textual, pois permite aos alunos compreenderem as diferentes funções comunicativas dos textos e a relação entre a intenção comunicativa e as escolhas linguísticas. Um plano de aula focado em dissertação, por exemplo, pode utilizar essa tipologia para ensinar os alunos a construir argumentos coerentes, utilizando conectivos e recursos linguísticos adequados à função argumentativa.
Ao compreender os diferentes tipos textuais, os alunos conseguem produzir textos mais eficazes e adequados a diferentes contextos comunicativos, aprimorando suas habilidades de escrita e comunicação.
Desafios e Limitações da Tipologia de Shchupak e Dolz, Exemplo De Ensino De Tipologia Textual De Shuchu E Dolz
Apesar de sua utilidade, a tipologia de Shchupak e Dolz apresenta alguns desafios. A classificação de textos híbridos, que combinam características de diferentes tipos textuais, pode ser complexa. Textos jornalísticos, por exemplo, frequentemente misturam narração, descrição e argumentação. Para lidar com essas limitações, é importante considerar a predominância de um tipo textual em relação aos outros, e analisar a função comunicativa principal do texto.
Adaptações pedagógicas podem incluir atividades que promovam a análise comparativa de textos, incentivando os alunos a identificar as características predominantes e a justificar suas classificações. A ênfase na função comunicativa, e não apenas na forma, facilita a compreensão e a aplicação da tipologia em sala de aula.
Quais as principais críticas à tipologia de Shchupak e Dolz?
A rigidez da classificação, a dificuldade em classificar textos híbridos e a falta de consideração para a variação linguística contextual são algumas das principais críticas.
Existe uma tipologia textual superior à de Shchupak e Dolz?
Não existe uma tipologia “superior”, mas sim diferentes propostas com diferentes enfoques e vantagens. A escolha da tipologia deve se adequar às necessidades e objetivos do ensino.
Como lidar com textos que não se encaixam perfeitamente em uma categoria da tipologia?
Reconhecer a hibridização dos gêneros e focar nas características predominantes, utilizando a tipologia como guia e não como regra inflexível.